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A corrupção e a nossa realidade. Momento de reflexão!

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Por: Valdemar Filho

Há momentos na vida pública que nos exigem algumas reflexões, seja no âmbito nacional, seja municipal. Estamos entrando no último quadrimestre deste ano pós eleições, passados cerca de 10 (dez) meses do pleito, onde muitos governos eleitos foram continuidades dos gestores anteriores e continuidade na ineficiência, salvo algumas exceções.
Nesse contexto, no último Ranking da Folha de São Paulo publicado, sobre entrega de Saúde, Educação e Saneamento à população, IPUBI RECEBEU UMA AVALIAÇÃO DE POUCA EFICIÊNCIA, com índice de 0,408!!
Isso não é avaliação montada, matéria paga em revista ou opinião pessoal minha. Nada. Isso é uma avaliação de uma instituição séria, compromissada com a responsabilidade fiscal de nossos gestores. Simplesmente a Folha de São Paulo.

Então, se Ipubi tinha essa realidade na gestão anterior que foi colocada pelo atual gestor, perguntamos se algo mudou de serviços públicos nesses últimos dez meses dessa gestão umbilical? Perguntamos onde estão os programas de Governo… As promessas de empregabilidade, etc.

Partindo agora para o cenário nacional, observamos os piores índices de popularidades que hoje nossos parlamentares federais estão desfrutando na história da República. Da mesma forma estão os chefes dos Executivos com créditos de popularidade que chegam a 3% em todos os Estados e no Governo Federal, cujas avaliações nunca foram tão decepcionantes em todos os níveis e em todos os partidos. Hoje a população acredita em alguns homens, mas desacreditam nas instituições partidárias por conta dessa doença chamada CORRUPÇÃO.
Muitos perguntam como pode alguém ter 3% de popularidade e mandar num parlamento? Essa pergunta todo brasileiro tem feito. Mas esse questionamento só tem uma resposta: é a corrupção instalada, a troca de favores. Não tem outra hipótese. Alguém tem alguma dúvida?
Pois bem, o primeiro passo para o cidadão expurgar a corrupção, é fazer a mesma pergunta no seu Município…
Até porque vêm os Auditores e Conselheiros do Tribunal de Contas, julgam a gestão de um Prefeito, escancaram e provam improbidades, atos de corrupção, condenam um gestor e suas contas, e em seguida, o Vereador aprova essas contas, simplesmente dizendo para o povo que nada houve. De repente querem convencer que esses excelentes técnicos do Tribunal de Contas não entendem de nada, e que estão perseguindo nosso Prefeito!
O cenário que vimos agora há pouco no Congresso Nacional, onde nossos parlamentares tentaram dizer que a mala de Rocha Loures não existiu, vai se repetir na Câmara dos Vereadores de Ipubi no julgamento das contas de 2005 do atual gestor.
É bom que se diga, que no ano de 2016, a população sabe quais Vereadores votaram de acordo com os Auditores do Tribunal de Contas. Esse julgamento foi anulado porque os Vereadores da base do governo municipal faltaram ao julgamento simplesmente para destruirem o quórum. Então, povo de Ipubi, novo julgamento será realizado. Precisamos ver como os Vereadores que combateram a corrupção nessas sessões de julgamento do ano passado, vão julgar essas mesmas contas esse ano.
Ora, a questão a ser decidida não é ideológica. É técnica. É conta. É contabilidade. Como posso eu dizer o ano passado que dois mais dois é quatro. E esse ano dizer que é cinco?
Por isso, nessa reflexão de hoje, alertamos que não poderemos falar dos males da corrupção federal, escondendo a improbidade municipal. Como disse o Deputado Silvio Costa, falando sobre corrupção no parlamento, disse com muita propriedade que é impossível falar de Bossa Nova sem falar de Vinícios, de Tom Jobim, e de tropicalismo, sem falar em Caetano, Gilberto ou novos baianos.
E é dessa forma que alertamos aqui. É impossível o cidadão exigir um Congresso Nacional honesto, esquecendo de exigir que um parlamento municipal haja com moralidade. O Deputado Sílvio Costa bradou nas redes sociais que nossos parlamentares precisam tomar um chá de responsabilidade. Palmas!!
Como dizia o poeta Augusto Branco, “enquanto as pessoas estiverem satisfeitas com sua condição, não contestarão nenhum sistema de governo vigente, seja ele monárquico, ditatorial ou democrático. Enquanto vigorar a sensação de felicidade, até mesmo o governo mais injusto e corrupto conseguirá se perpetuar no poder.”
Com esse espírito de ética, transparência, responsabilidade e valorização dos votos de metade da população de Ipubi, a oposição de nosso Município,continua a luta contra a corrupção, abrindo um amplo debate sobre as nossas demandas sociais em matéria de saúde,infraestrutura rural, juventude, educação, e economia municipal.
Estaremos sempre aqui mostrando a realidade, lutando contra mal que afeta o prato de nossos filhos, a saúde de nossas crianças e a educação de nossa descendência. 
O momento não é de tratar de candidaturas ou candidatos. Cada pauta em seu tempo oportuno. A situação é de discutir demandas sociais para encontrarmos soluções e viabilidades diante dessa crise institucional em todas as esferas de poder e da sociedade, inclusive em nosso Município.
Como dizia Ruy Barbosa, “quem não luta pelos seus direitos não é digno deles”, sem esquecer de Gandhi onde sempre alertou que “o futuro dependerá daquilo que fazemos no presente”.
Toda essa estrutura antidemocrática existe principalmente pela traição ao voto sagrado do eleitor, cuja maior face da traição se revela diante do politico que recebe votos para combater a corrupção, e quando chega ao mandato, passa a se alimentar daquilo que combateu.
Um parlamentar Português chamado Paulo Morais disse nas redes sociais que “QUANDO O PARLAMENTO É FONTE DE CORRUPÇÃO, COMO É QUE SE PODE COMBATER A CORRUPÇÃO?”
É nessa triste realidade que o cidadão está observando os nossos legisladores brasileiros que possuem a responsabilidade na Constituição Federal de editar leis que garantam direitos e segurança ao povo, e de fiscalizar os recursos públicos, mas são os primeiros a usufruírem dos privilégios e das irregularidades.
Não poderemos nos calar. Nosso dever é combater todas as irregularidades, seja no Governo Federal, seja estadual, seja municipal, seja em que partido for.
A corrupção não tem partido. Não tem bandeira. De onde vier deve ser combatida, até mesmo se ocorrer em um partido que estivermos. Nem poderemos observar somente o governo federal, ou somente o municipal, ou mesmo um único partido.
Há duas maneiras de fazer política. “Ou se vive para a política ou se vive da politica”. E a oposição Ipubi vive para a politica, para o povo. E no final a verdade sempre vence.
Àqueles que preferiram ancorar seu barco em um aparente porto seguro que tanto combateram, não teceremos ataques pessoais, pois politica não se faz com ódio. A satisfação que se deve não é às lideranças partidárias, mas ao sagrado voto do eleitor que teve uma destinação de mudança, de combate a corrupção.
Estamos numa democracia, e as escolhas são livres. Em sendo outro destino de alguns, não os teremos como inimigos, mas como adversário político, contudo sempre lembrando que um barco no porto pode ostentar segurança momentânea, mas com o tempo o fundo do barco pode apodrecer, a depender do ambiente que o cerca. E como dizia Getúlio Vargas, “vencer é saber esperar”.

Um Grande abraço. Valdemar Filho.

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